3.10.06

Cap 25: (Daniela)

Tudo aconteceu tão rápido.
Alice me dizia, enquanto me dava uma carona para a empresa, que hoje estava com a agenda lotada de compromissos. Foi quando ouvimos o estrondo. Por alguns segundos a vida girou lentamente.
O carro que vinha na direção oposta em alta velocidade, empurrou o nosso para longe e paramos de cabeça para baixo, em meio às ferragens.
Milhares de pequenos vidros enchiam minha blusa. Me contorci, mas não conseguia tirar as pernas, nem Alice, que estava com o rosto ensanguentado:
_Ai..._ ela gemeu e me olhou aterrorizada.
_Calma, deve ter quebrado alguma parte do corpo. Fica quieta._ aconselhei, sem poder me mexer muito. _ A gasolina... E se o carro explodir?
_Não! Eu não quero morrer._ ela começou a ficar desesperada. Naquele momento, a sua agenda não significava mais nada, uma única fagulha nos levaria ao pó.
_Psiu... Não fique nervosa..._ peguei sua mão ao lado da minha e apertei com força._ vamos sair dessa.
_Tenta pegar meu celular..._ ela aguentou firme a dor e tentou pensar friamente.
Consegui pegar o telefone, ela pediu para discar para o número 9 e eu ouvi a voz do outro lado. Era Guimarães. Coloquei no ouvido dela:
_ Gui, o carro bateu, nós estamos machucadas, eu não quero morrer, vem me buscar, por favor..._ ela começou a chorar.
_ Alô? Guimarães?_ tomei a rédia da situação e dei as coordenadas para ele. Depois, pedi mais uma vez que parasse de chorar, porque isso a fazia sangrar mais no rosto.
_Não podíamos ter usado o celular, é perigoso...
_Eu precisava falar com ele..._ ela tentou se acalmar, olhou-me meio sonolenta.
_A vida pode acabar assim num piscar de olhos..._ comentei._ O que estamos fazendo com ela?
_Eu não sei... Eu to fazendo tudo errado..._ ela segurou minha mão._ eu quero sair daqui viva.
_Vai sair._ sorri e percebi que ela estava ficando inconsciente.
Alguns curiosos começaram a rodear o carro e perguntar se estávamos bem.
_ Alice, não dorme, fica me ouvindo, olha para mim...
_..._ ela apenas me mirava com esforço.
_Você quer ficar com Guimarães, não é?_ esse era o único assunto que a motivaria, por mais que não fosse fácil usá-lo._ Você gosta dele?
_Muito, eu o amo...Mas e o Ricardo?
_Conta para ele.
_Não! Não conta nunca para ele... Por favor..._apertou minha mão.
_Tá, tá tudo bem...
_Jura?!
_Juro._prometi._Não vou contar.
_Se eu morrer..._ fechou os olhos e abriu de novo._ você nunca vai contar?
_Não. Mas você me promete que vai viver?_ comecei a ficar com medo de perdê-la, não queria ficar sem minha irmã, um desespero me bateu, ela já me fizera sofrer, mas eu estava tão perto de ficar sozinha._ Alice, Alice, promete para mim que vai viver para lutar? Lutar pelo seu Gui..._ toquei no seu rosto molhado de sangue e comecei a chorar._ Alice?

5 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Li... vc caprichou nesse capítulo,mas confesso que fiquei com pena da Alice agora.. coitada... ela tem uma filha pequena pra criar...:(

Anônimo disse...

Eliane,
Passei dias sem ler e quando chego aqui essa reviravolta... ual... Ja nem sei mais para quem torcer.
BJS

Anônimo disse...

Fiquei com pena da Alice :(

Se encontrar numa situação dessa é mto ruim, já passei por isso!
Vc não saber se vai viver ou se vai morrer :(

Anônimo disse...

todas com pena da alice....aii li, escreve o outro capitulo logo...to doida para ler....como o ricardo vai reagir, como o guimarães vai reagir..ai..to abrindo direito para me deparar com letrinhas azuis!!rsrs

Limendi disse...

Rs. Adorei essa das letrinhas. Beijos leiroas lindas